sexta-feira, 14 de outubro de 2011

HORIZONTINA CONCEIÇÃO

Horizontina Conceição
Algumas escolas de nossa cidade foram batizadas com o nome de personalidades que realizaram diversas atividades culturais em Ilhéus. Uma delas é a da saudosa professora Horizontina Conceição.
Conversando com o nobre pesquisador de nossa gente, Alfredo Amorim, ele me enviou este texto que descreve um pouco desta educadora que teve seu nome imortalizado na Escola Estadual Horizontina Conceição, que funciona no bairro Hernani Sá e na Biblioteca do Colégio Nossa Senhora da Vitória, no bairro da Conquista.
A professora Horizontina Conceição nasceu no dia 8 de abril de 1909, na cidade de Maraú, Estado da Bahia, filha de Albertino Cruz, agricultor, e Sebastiana Conceição, doméstica; tinha dois irmãos, Agenor e Agesilau. Horizontina morou em Maraú até os 10 anos de idade até vir para Ilhéus para estudar.
            Formou-se em magistério na Escola Normal da Piedade, em 1928, junto com Alina Silva e Alina Carvalho. Ensinou pela primeira vez no Instituto Nossa Senhora da Piedade, lecionando Geografia e Ciências entre 1929 e 1951.
Anos depois foi convidada a dirigir o Instituto São Sebastião, de 1949 a 1953, Escola Afonso de Carvalho de 1953 a 1968, Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne (IME) de 1941 a 1971 e Escola Regina Coeli de 1968 a 1980.
            Em reconhecimento ao seu trabalho foi outorgado pela Câmara Municipal de Ilhéus o Título de Cidadã Ilheense, Medalha do Mérito Legislativo e Diploma da Comenda do Mérito Legislativo de Ilhéus. Também recebeu o Certificado de Reconhecimento do Ministério da Fazenda pela colaboração prestada ao Programa Contribuintes do Futuro, placa de prata “Leão de Ouro” oferecida pelo Lyons Clube de Ilhéus.
Aposentou-se em 30 de novembro de 1971.
Publicou dois livros, um para a Escola Castro Alves e outro com o professor Arléo Barbosa. Católica, comemorou seus 60 anos de magistério no Instituto Nossa Senhora da Piedade.
Faleceu no dia 25 de agosto de 1991 no Hospital São José após uma isquemia cerebral. Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Vitória.

Colaboração: Alfredo Amorim, Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PEDRO MATTOS, o irreverente

     Pedro Mattos (1944-2002)
                No ano de 1944, exatamente no dia 18 de setembro, nascia, na Rua Carneiro da Rocha 55, em Ilhéus, Pedro Augusto Vital Mattos, ou seja, no mundo artístico Pedro Mattos, e para seus amigos Pedrinho, que era o terceiro filho do casal Carlos Frederico Monteiro de Mattos e Aurora Vital Mattos, que também tinham mais dois filhos: Luciano Carlos e Lúcia Maria. Estudou no Instituto Municipal de Educação, IME, onde concluiu o curso ginasial, fez o científico no Colégio Manuel Devoto em Salvador e o clássico no Severino Vieira. Frequentava como ouvinte as aulas de teatro na Escola de Teatro, no bairro do Canela. Estimulado pelo teatrólogo Alberto D’Aversa foi estudar teatro em São Paulo onde fez o Curso Livre de Teatro na Faculdade de Comunicação Social Anhembi, em 1973, onde fundou o Grupo de Teatro Anhagá e dava aulas de arte dramática. No mesmo ano fez o Curso de Criatividade promovido pela ECA/USP. Em 1974 o curso de Publicidade e Teatro na Escola Superior de Propaganda e Marketing, e Teatro do Oprimido na Faculdade Álvares Penteado. Em 1976 Curso de Dinâmica Infanto-Juvenil, promovido pelo Instituto de Educação Integral, e curso de Mímica com Ricardo Bandeira em 1977, em 1978 “Dinâmica do Ser” pelo Instituto de Educação Integral e USP. Todos estes quando morava em São Paulo, onde além de teatro, fazia também cinema e televisão.
            
  Ana Virgínia Santiado e Pedro Mattos
             Voltando a morar em Ilhéus fez o Projeto Chapéu de Palha ministrado pela atriz Jurema Penna; curso de “Direção Teatral”, com Antônia Adorno e o Curso de Comunicação e Arte, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Também fez o curso de “Relações Humanas”, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1972.
            Na Escola de Música e Artes Cênicas de Belo Horizonte fez o curso, “O Canto no Teatro”, em 1980.
            Durante dois anos, 1974 – 1976, participou de várias atividades como ator, participou da peça “Palhaços” de Timochenco Wehbi, produzida pela Temporal Produções Artísticas, com a direção de Fausto Fuser, percorrendo todo o Brasil numa campanha promovida pelo SNT – Serviço Nacional de Teatro. Em 1979 “A Cantora Careca”, de Ionesco, com produção da Faculdade de Comunicação Anhembi; “Som Lixo Luxo ou Transa Nossa”, criação coletiva apresentada na Sala de Bolso do Teatro Ruth Escobar, em 1970; “Barela”, de Plínio Marcos, produção da faculdade de Comunicação Anhembi em 1970; “A Morta”, de Oswald de Andrade, um estudo coordenado por Miriam Muniz, em 1976; “Um pedido de casamento” e “O Urso”, ambos de Anton Tchekhov, com produção do grupo Anhangá; “Daniel, Capanga de Deus”, filme de João Batista Reimão Neto, com Regina Duarte e Arduino Colassanti, em 1976/77; “O Balão da Alegria”, infantil, de Fausto Fuser e Sérgio Sá, em 1978/79.
            Em 1979, por problemas de um câncer na garganta, retornou a Ilhéus onde desenvolveu muitos trabalhos no teatro amador, como também em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e por ai a fora.
            
             Pedro Mattos com a galera do Surf

              Em Ilhéus participou de várias atividades: “A Bruxinha Que Era Boa”, de Maria Clara Machado, direção de Eliane Sabóia, em 1960 e em 2000; “Essa agora, Mister Esso”, no Teatro Popular de Ilhéus, em 1961/62; ”Zé da Silva, homem livre?”, também pelo Teatro Popular de Ilhéus, em 1963/64; “Enfim Sós”, comédia de Daniel Rocha, direção de Antonieta Bispo, apresentada no Clube Cruz Vermelha em Salvador, em 1965; “O Boi e o Burro a Caminho de Belém”, de Maria Clara Machado, com direção de Équio Reis, nas escadarias da Catedral em 2000; “Paixão de Cristo”, no papel de Herodes, com direção de Équio Reis, no Estádio Municipal de Itabuna, em 1986.