terça-feira, 31 de maio de 2011

BATUKE JEJE, inovação

O grupo BATUKE JEJE foi formado no ano de 2004 pelo dançarino e coreógrafo Adson Oliveira e a dançarina e musicista Judite Lima com o objetivo de difundir e preservar a cultura afro na região através da dança e do toque do repique, atabaque, pandeiro, paulistão, caixa, marcação e berimbau.
O nome BATUKE JEJE se dá como forma de homenagem aos jejes, que são povos africanos que habitam as regiões africanas de Togo, Gana e Benim. Alguns desses povos foram trazidos ao Brasil em navios negreiros e contribuíram muito para a cultura baiana, através da culinária, toques em yorumbá e a dança afro.
Adson, à esquerda, agachado
Inicialmente, o grupo BATUKEJEJE limitava-se à realização de shows em hotéis da região. Não obstante, mediante a realidade social do bairro o qual o grupo sedia, onde crianças e adolescentes encontravam-se em situações de risco associadas ao uso de drogas, tabagismo, falta de orientação sexual e prostituição, foi ampliado o trabalho passando-se a realizar oficinas de danças e percussão a fim de dar assistência aos mesmos, e, dessa forma, um novo objetivo foi aderido.
Destarte, foi ampliado o número de componentes, o qual passou de quatro para uma média de cinqüenta e as atividades engajaram um novo enfoque: envolver-se politicamente ao serviço de uma nova causa: o trabalho sócio-cultural.
Mediante ao novo enfoque, foi ofertado às crianças e adolescentes da comunidade uma oportunidade de profissionalização no campo cultural com a formação de dançarinos e percussionistas, além da formação sócio educativa, através de estudos associados ao ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, oficinas e palestras sobre educação sexual aliado ao ingresso da família no trabalho sócio-educativo.
Atualmente, essas crianças e adolescentes atuam profissionalmente nos shows em hotéis, espaços e eventos culturais do município.

Fonte: Batuke Jeje.