quinta-feira, 22 de novembro de 2012

OS PRESIDENTES DA FUNDAÇÃO CULTURAL DE ILHÉUS


Raymundo Sá Barreto, à direita, também foi presidente da Fundação Cultural

Tudo começou com o teatrólogo Pedro Matos, conhecido carinhosamente por Pedrinho Matos que já liderava  o movimento cultural da cidade, criando a  SOCIEDADE DE ARTE E CULTURA DE ILHÉUS - SACI. Tempos depois através da Lei Municipal nº 1.183 de 16 de maio de 1978 o então Prefeito Antonio Olimpio Rhem da Silva, sancionou a referida Lei instituindo a Casa da Cultura de Ilhéus, com objetivo de incentivar, desenvolver e dinamizar  os modelos de cultura em todos os seus aspectos, cooperando para a defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico do Município. 

O Prefeito Jabes Ribeiro por sua vez em seu primeiro mandato, sancionou a Lei Municipal  nº 2.221 de 21 de setembro de 1986 alterando dispositivos da Lei nº 1.183 para transformar a Casa de Cultura de Ilhéus passando denominar-se Fundação Cultural de Ilhéus. Daí começou a arrancada do crescimento cultural da cidade com a nomeação do primeiro Presidente  Nestor Amazonas, que com sua experiência administrativa e cultural soube conduzir os trabalhos de implantação da Instituição. Em seguida fora nomeado o Dr. Acioli Cruz Moreira que promoveu inumeros eventos culturais, além de ter participado da inauguração  do Teatro Municipal e da criação do espaço cultural do Circo Gabriela. Nessa oportunidade o então Prefeito Jabes Ribeiro, conseguiu junto ao ex- Governador do Estado da Bahia Dr. Waldir Pires a doação em definitivo da Casa de Cultura Jorge Amado. O próximo Presidente foi a professora Carminha Cardozo  a qual criou o Projeto Seis e Meia e promoveu vários concursos de: Fotografias, Literatura, Poesia e  Escola de teatro para formação de platéia. 

O quarto Presidente foi o tabelião Raimundo Pacheco Sá Barretto, criou o Projeto Maio – Mês da Dança, trazendo espetáculos de dança com a participação de Ana Botafogo e peça teatral com a atriz de renome nacional Lucélia Santos. Formalizou também o convênio de restauração da Casa de Cultura Jorge Amado junto a Petrobras. O quinto Presidente foi Hélio Pólvora que deu seguimento as atividades já existentes, criando o Projeto Semana Jorge Amado de Arte e Cultura, inaugurou a Casa de Cultura Jorge Amado com a presença do escritor Jorge Amado e familiares. Tendo solicitado sua exoneração por motivos particulares Hélio Pólvora foi substituído por Maria Luiza Heiner (Professora e Pesquisadora), que ampliou o leque cultural da cidade com realizações de eventos culturais: Projeto Águia da Cultura , Concurso de Quadrilhas Juninas e  Semana Jorge Amado. Nessa oportunidade foi inaugurado o Centro Cultural de Olivença. 

A  Presidente seguinte foi Simone Reis com breve passagem no cargo, sendo  substituída pelo  Professor Arléo Barbosa que promoveu a divulgação da cultura da cidade. Em seguida foi nomeada a Professora Eugênia Siqueira da Fonseca que     promoveu o inicio da reforma de manutenção e conservação do Teatro Municipal, criou os Projetos Fim e Tarde, Fascinarte,  Gospel de Musicas,  Dança no Foyer e Forró na Praça e oficinas culturais.  O atual Presidente é o Publicitário Mauricio Corso, que tem procurado difundir a cultura com realizações de:  Conferencias de Cultura Municipal, Territorial e Estadual; Criação do Fundo Municipal de Cultura, Aprovação do Projeto de Lei que institui o “Dia de Jorge Amado”, Projeto Caravana Cultural,  Reforma e restauração  do Teatro Municipal, Realizações de  eventos com a participação do Ballet Castro Alves e Orquestra Sinfônica da Bahia; Projetos de Musica, Teatro, Capoeira e Dança; Oficinas Artísticas:  Pintura em tecido, pintura em tela, arte e papel, desenho, violão, restauração de imagens sacro,  canto coral, bateria, teatro infantil e teatro avançado;  Realizações de Seminários, Palestras, Conferencias, Lançamento de Livros, Amostras. Apoio aos Projetos Rock Poesia, Virada Cultural, Festival de Cinema Baiano e Encontro Proler e recentemente a realização do Centenário Jorge Amado, com  participações da família Amado, atores Globais e os cantores   Caetano Veloso, Família Cayme, Moraes Moreira e Magareth Meneses.

Gostaria de registrar os nomes de diversas personalidades que   deram sua contribuição para o desenvolvimento da cultura do Município. Destacamos Pawlo Cidade (ator e diretor), Bruno Susmaga (ex-diretor TMI), Mauricio Pinheiro (ex-diretor TMI), Paulo Rosário (Iluminador Cênico), Equio Reis(f)( (ator), Jenilton Barbosa (bilheteiro), Jeane Cardoso (Diretora Financeira- Fundaci),  Zezito Faustino (Cenotécnico) , Ana Claudia Daneu (Gerente da Casa Jorge Amado), Aurita Freitas (Supervisora Casa Jorge Amado), Fabiola Mandarini (ex-diretora TMI), Maria José Rodrigues (Zeze) (Folclorista), Luciano Cana Brava (ex-diretor TMI, Flávia Menezes (Recepcionista), Adroaldo Anjos (músico), Walter Barauna (Contra Regra do Circo Folias da Gabriela)Adriana Castro (Ex-Assessora Cultural) Lindaura Kruschewsky (ex-diretora Casa Jorge Amado), Ivan Gomes (ex-diretor financeiro) Adriana Ribeiro (Colaboradora da Cultura Ilheense) , Elvia Magalhães (Coordenadora de Eventos) , Geny (Assistente de Direção), Dú (Iluminador Cênico) , Raimundo Cunha (Controlador Interno), Edmilson Moura (Recursos Humanos) Maria Antonia, Maria do Carmo, Chico e Maria da Paixão (Serviços Gerais)  Virginia Mendonça (Coordenadora Centro Cultural de Olivença),  José Delmo (Ator) e todo(a)s o(a)s cantores, atores, atrizes, dançarina(o)s e  músicos que realmente fazem o espetáculo.

Vale salientar que o Tribunal de Contas dos Municípios   aprovou todas as contas de todos os Presidentes que exerceram o cargo na Fundação Cultural de Ilhéus.

Este texto foi enviado pelo colaborador e bacharel em Direito, Luiz Moreira Castro. Tomei a liberdade de mudar o título, pois recai melhor para o blog.

A FUNDAÇÃO CULTURAL DE ILHÉUS FOI EXTINTA, ATRAVÉS DE LEI PRÓPRIA, EM ABRIL DE 2013. A PARTIR DE ENTÃO SURGIU A SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE ILHÉUS.

terça-feira, 22 de maio de 2012

BENS TOMBADOS EM ILHÉUS


Capela de Santana, a única tombada pelo IPHAN

BENS TOMBADOS E REGISTRADOS PELO
IPAC, IPHAN E O MUNICÍPIO DE ILHÉUS ATÉ MAIO DE 2012

IPHAN

Capela do Rio do Engenho de Santana – Processo nº 687-T-62

IPAC
Igreja de Nossa Senhora de Escada – 015/79
Capela do Engenho de Sant´Ana – Decreto nº 30.483 de 10/05/1984
Igreja Matriz de São Jorge dos Ilhéus – 001/85

BENS TOMBADOS PELO MUNICÍPIO DE ILHÉUS

Lei nº 2.314 de 03/08/1989 – Institui o tombamento de bens situados no Município de Ilhéus e dá outras providências;

Lei Municipal nº 2.312, de 01/08/1989 – Institui o Centro Histórico da Cidade de Ilhéus
Bens tombados isoladamente:

Palácio Paranaguá – Decreto 034/91
Casa Jorge Amado e União Protetora dos Artistas e Operários – Decreto 026/93
Bens tombados coletivamente:
Rua Antônio Lavigne de Lemos e seus respectivos imóveis, sito nos números: 11, 19, 27,44, 47, 62, 93, 111, 127, 145, Antigo Museu do Cacau (Atual escola Status), Loja Maçônica Regional Sul Bahiana;
Rua Conselheiro Dantas, imóveis sito aos números 10, 43, 77, 81;
Rua Rodolfo Vieira, imóveis sito aos números 16, 24, Armarinho Danúbio, Loja Chapeuzinho Vermelho, Clínica Dom Eduardo;
Rua General Câmara, imóveis sito ao Edifício Paulo Costa;
Rua Prado Valadares, imóvel com esquina da Rua Prado Valadares, atual Lanchonete Berimbau;
Avenida Dois de Julho, imóveis sito aos números 59, 140, 785, 987, 995, 1013, 1027, 1059, Pizzaria Maria Machadão, s/nº, Bataclan,
Rua Eustáquio Bastos, antigo Ilhéus Hotel;
Rua Almirante Barroso, Sindicato Rural de Ilhéus;
Rua Ramiro Castro, s/n, Palacête Ramiro Castro, atual Colégio Impacto;
O Calçadão Marquês de Paranaguá, imóveis sito aos números 87, Casa Brasil, Farmácia Cabral;
     Rua Sá Oliveira, imóveis sito aos números 186, 190;
     Praça Ruy Barbosa, imóveis sito aos números 138, 146;
     Rua Dom Pedro II, imóveis sito aos números 6, 34, 116;
     Praça J. J. Seabra, Prédio da Associação Comercial de Ilhéus; Palácio Paranaguá;
     Rua Santos Dumont, imóveis sito aos números 51, 67;
   Rua Jorge Amado, imóveis Teatro Municipal de Ilhéus, Casa Jorge Amado, Casa dos Artistas, sito também os números 64, 68, 88, 107, 117, 126;
    Rua Manoel Vitorino, imóveis sito aos números 33 (Colégio Status), 21, 34, 82, 86, 95, 127, 160, 189.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

GIL RODRIGUES DOS ÍNDIOS



Ele é conhecido como "o artista dos índios", pois, retrata de forma quase visceral, os índios tupinambás e outra etnias. Seu nome é Gildasio Rodriguez, nascido na cidade de Alagoinhas.    Gil, como é carinhosamente chamado, se considera um autodidata. Começou a desenhar aos oito anos de idade, personagens de quadrinhos, desenvolveu gosto pela arte na adolescência pintando temas como paisagens, animais, personagens da história do Brasil, negros e índios, participando de vários cursos de pintura, inclusive com o professor de artes plásticas de Salvador Edson Calmom.


Desenvolveu um estilo próprio com uma temática indígena procurando retratar um pouco da cultura do nosso país, tendo vários de seus trabalhos vendidos a países da Europa onde participou de  exposições. Entre elas: EXPOSIÇÃO COLETIVA DE PINTURAS (TRAJECTOS) ALENQUER, ENCONTROS NAS ARTES(GALERIA DE OURÉM) Junto ao castelo de Ourém e TALENTOS DO BRASIL (PALÁCIO DA INDEPENDÊCIA DE LISBOA) e BRASIL COFFEE HOUSE (NOVA YORK).


Também expôs no 4º SALÃO DE ARTES DA BAHIA, TEATRO MUNICIPAL DE ILHEUS, CASA DOS ARTISTAS, ACADEMIA DE LETRAS, SALÃO DO AEROPORTO, CINE ITACARÉ, HOTEL EDÉM VILLAGE e BATACLAN.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ONDE NASCEU JORGE AMADO?

Encarregado de preencher as “fichas” da Academia de Letras de Ilhéus criada em 1958, o seu primeiro secretário, jovem advogado Francolino Neto, aguardou quatro anos para, pessoalmente, colher os dados do acadêmico Jorge Amado. De caneta em punho e após preencher o nome, endereço e filiação do romancista, à época já famoso, fez a pergunta: “Local de nascimento?”. “Pergunte ao meu pai…” - se esquivou Jorge Amado. Na sua carteira de identidade constava a cidade de Itabuna como local do nascimento, mas no fundo ele sabia que havia uma polêmica tanto familiar como “de ordem pública”. Francolino Neto não se fez de rogado e foi até Itajuípe para se encontrar com o fazendeiro João Amado, pai do escritor. O Coronel João não vinha a Ilhéus há muito tempo, pois tinha pavor a vergalho de boi… Diziam as más línguas que o coronel se engraçou com uma mulher casada e acabou tomando uma surra de vergalho de boi. Mas voltemos ao encontro de Dr. Francolino com o Coronel João Amado. Encontraram-se na firma compradora de cacau Wildberg & Cia. e o secretário da Academia foi direto ao assunto. O Coronel  João Amado disse então a Francolino: “Jorge nasceu na Fazenda Auricídia que ficava na zona do Repartimento no limite entre os municípios de Itabuna e Itajuípe.”

A maior parte da fazenda pertencia em 1912, ano do nascimento de Jorge, a Itabuna, antiga Tabocas que em 1910 tinha se emancipado de Ilhéus. Mais precisamente no distrito de Ferradas, na época próspero entroncamento de tropeiros. A outra parte da fazenda pertencia ao 7º Distrito de Ilhéus, denominado de Pirangí, mais tarde emancipado e que originou o município de Itajuípe. Dr. Francolino, rápido no raciocínio fez então a pergunta fatal. “E de que lado ficava a sede da fazenda?” João Amado não titubeou: “Ficava em Pirangí”. Francolino deu uma risadinha marota e tascou na “ficha” de Jorge Amado – Local de Nascimento: Ilhéus, Bahia, Brasil. A Lei 807 de 28 de julho de 1910, que criou o município de Itabuna, sancionada pelo então governador Araújo Pinho, não era muito precisa nas indicações dos limites territoriais, principalmente quando não existiam rios ou ribeirões para delimitação com maior precisão.

Naquela ocasião a linha demarcatória “seca” como era chamada, causava muitos desencontros, e até mesmo nos limites de Ilhéus, o município mãe, com Itabuna, as dúvidas persistiram. Na Fazenda Auricídia passava um ribeirão denominado de Limoeiro, mas segundo as informações ele não servia de limite territorial. Em 1952, portanto 40 anos após o nascimento de Jorge Amado, o Distrito de Pirangí foi desmembrado de Ilhéus, passando a denominar-se de Itajuípe e em seu território foi criado o Distrito de Limoeiro, onde ficava a zona do Repartimento. Região de terras nobres para o cultivo do cacau, Limoeiro logo se expandiu e em 1962 de desmembrou de Itajuípe sob a denominação de Barro Preto. Hoje, Barro Preto de chama “Governador Lomanto Júnior”, nome por sinal de péssimo gosto, sem querer entrar no mérito dos méritos do homenageado. A sede da Fazenda Auricídia situava-se, portanto, em território que hoje pertence ao município de Lomanto Júnior.

Como se pode verificar, a polêmica está armada. Na Certidão de Nascimento de Jorge Amado consta que ele é itabunense. O velho João Amado disse que ele nasceu em Pirangí, que então pertencia a Ilhéus. As emancipações posteriores colocaram a sede da Fazenda Auricídia no território de Barro Preto, hoje Lomanto Júnior. Itabuna, Ferradas, Ilhéus, Pirangí, Itajuípe, Limoeiro, Barro Preto e Governador Lomanto Júnior. Cidades, distritos, vilas, denominações velhas e novas. Jorge Amado lá de cima deve estar dando grandes gargalhadas. De minha parte, quando vereador, resolvi propor o título de Cidadão Ilheense ao nosso escritor. Quem registra é dono, e Itabuna registrou Jorge Amado, mas nós, ilheenses, estamos na posse mansa e pacífica, que às vezes vale mais do que papel registrado em cartório. Mas de certo não é necessária tanta polêmica. Jorge não é itabunense, nem ilheense, nem itajuipense e nem lomantense (?). Jorge é grapiúna e Cidadão do Mundo. 

Artigo publicado originalmente em março de 2003 nos jornais Agora e Diário de Ilhéus. Contato com o autor ialbagli@uol.com.br

sábado, 4 de fevereiro de 2012

CURIOSIDADES DAS TERRAS DO SEM FIM

Você sabia que...


Ilhéus já teve, desde sua elevação à cidade, 21 prefeitos e 18 intendentes? 

O nome Ilhéus originou-se por causa das pequenas ilhas em frente a Avenida Soares Lopes?

A Catedral São Sebastião levou 36 anos para ser concluída?

Que as margens do Rio do Engenho ocorreu a primeira greve trabalhista promovida por escravos, em 1789, e ela durou dois anos?

O Ilhéus Hotel possuiu o primeiro elevador da Bahia e que já funcionou como Cassino e palco de apresentações de espetáculos de teatro e dança que vinham da Europa?

Que a Rua Antonio Lavigne de Lemos (onde fica a Academia de Letras de Ilhéus) foi a primeira a ser pavimentada do município? E que seus paralelos vieram da Inglaterra? Daí o título de Rua dos Tijolos Ingleses?
Quero contar a história dos artistas desta terra. Mandem seus currículos, fotos pessoais e de trabalho.